quinta-feira, 17 de maio de 2012

Polícia civil divulga detalhes da prisão dos acusados do duplo homicídio em Nova-Parnamirim

Os suspeitos de participação no duplo homicídio da aposentada Olga Cruz de Oliveira e sua filha Tatiana Cristina Cruz, no último dia 8 de maio, em Nova Parnamirim foram ouvidos na tarde desta quarta-feira (16), pela Polícia Civil. O pedreiro João Batista Caetano Alves, de 28 anos, a sua esposa Marlene Eugênio Gomes, também de 28 anos, foram capturados pela manhã, na cidade de São Gonçalo do Amarante, região metropolitana.
João Batista, confessou o crime contra mãe e filha - FOTO: DEGEPOL/RN
João Batista era o responsável pela obra que ocorria no imóvel onde o crime aconteceu. Além dos dois acusados, a nora de Marlene, Danuzia de Freitas Valcacio, de 22 anos também foi presa. E dois menores, um de 13 anos e outro de 16 anos, filhos de Marlene e que estavam com eles no momento da prisão, foram apreendidos para prestar depoimentos. O mais novo, inclusive, estava com os João e Marlene no dia do crime.
Marlene Eugênio, está presa sob custódia da Polícia - FOTO: DEGEPOL/RN
As oitivas foram conduzidas pelo delegado Correia Júnior, da Delegacia Especializada na Defesa da Criança e Adolescente (DCA) e pela delegada Patrícia de Melo Gama da Delegacia de Defesa da Mulher de Parnamirim (DEAM) responsáveis pelas investigações sobre o caso.
Segundo Correia Júnior, os dois foram presos após denúncias anônimas recebidas pela polícia quando o carro das vítimas foi encontrado naquela cidade, no dia 10. “Hoje pela manhã recebemos uma informação de que eles estariam na casa de Danuzia em São Gonçalo. Então, e a equipe da Delegacia de Defesa a Propriedade de Veículos, a DEPROV, esteve no local para efetuar o flagrante”, conta.
Danuzia de Freitas Valcacio, também foi presa pela polícia
Ainda segundo o delegado, os depoimentos colhidos por meio da filha de Tatiana, de 10 anos de idade, que sobreviveu ao atentado foram a peça fundamental na identificação dos responsáveis. “As declarações da menina foram confirmadas quando encontramos um currículo de João Batista na residência das vítimas, e fomos até o local onde ele morava, em Felipe Camarão”, diz.
Em seu depoimento na tarde de hoje, João Batista, disse que a motivação do crime foi à raiva que sentia de Olga, pelas humilhações que ele passava no seu serviço, dizendo que ela chegava a jogar o dinheiro no chão para que ele pegasse. E por isso aproveitou o convite do serviço de jardinagem na casa para matá-la. “Foram mais de 50 facadas em Olga, e cerca de 10 em Tatiana”, revela.
O pedreiro confirmou ter torturado Tatiana para que ela passasse a senha de seus cartões, e que tentou matar a menina por asfixia utilizando um travesseiro, mas que depois desistiu, pois tinha uma filha de nove anos e não foi lá com a intenção de machucar a criança. E que só que tinha feito para evitar que ela o reconhecesse depois.
Já Marlene disse que “João estava se preparando para fugir, pois no sábado (12) havia ido a um terreiro e a mãe-de-santo lhe revelou que os responsáveis pelo crime iriam ser presos”, conta.
João Batista Caetano Alves e Marlene Eugênio Gomes foram autuados em flagrante por porte ilegal de armas (um revólver calibre 38), receptação e formação de quadrilha. Eles serão indiciados pelos crimes de duplo homicídio, tortura, latrocínio e tentativa de homicídio.
Já Danuzia de Freitas vai responder junto com o adolescente pelo crime de receptação. Ela foi a responsável pelo saque do dinheiro das vítimas e pela destruição do cartão de crédito para ocultar a prova.
Fotografia encontrada pela polícia na máquina do acusado
Fotografia encontrada pela polícia na máquina do acusado
Fotografia encontrada pela polícia na máquina do acusado
Fotografia encontrada pela polícia na máquina do acusado

Fonte: Seridó 190